Psicologia
A psicologia social apareceu apenas no século XX, mas as suas raízes vêm já de tempos remotos, o seu carácter científico é que é recente. Um dos primeiros registros coube a Gustave Le Bon, em 1895, com a publicação do seu livro Psicologia das Massas (La Psychologie des Foules). Contudo, os primeiros tratados desta ciência couberam ao psicólogo americano William McDougall e ao sociólogo, também ele americano, Edward A. Ross. Ambos publicaram um livro intitulado Psicologia Social (Social Psychology, 1908). A psicologia social é uma ciência que se traduz no estudo científico das manifestações comportamentais, originadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas ou pela mera expectativa de tal interação, bem como dos processos internos despertados no indivíduo que resultam dessas manifestações.
No estudo do comportamento social, o psicólogo francês Henri Wallon (1879-1962) explicou que o indivíduo é essencialmente social em consequência de uma necessidade interna. A partir da sua afirmação numerosos estudos foram realizados e comprovaram, pelo menos, que a criança ao nascer está, no mínimo, preparada para as relações humanas. A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Para alguns estudiosos, porém, a comparação entre a Psicologia Social e a Sociologia não é assim tão simples, pois ambas constituem campos independentes, que partem de ângulos teóricos diversos. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social. O que a Psicologia Social faz é revelar os graus de conexão existentes entre o ser e a sociedade à qual ele pertence, desconstruindo a imagem de um indivíduo oposto ao grupo social. Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por