Psicologia I
QUESTÕES
1) De fato, o vínculo entre uma criança e seus pais não é um fenômeno natural, e sim uma "consequência" de experiência afetiva, social e histórica. Primeiramente, é importante ressaltar que o casal, necessariamente, tem que ter "se escolhido" pelo amor. Mais importante ainda é que esse casal tenha uma origem familiar positiva, bom relacionamento entre os membros, boa educação, princípios, etc. Esse "bom legado" será transmitido para o próximo descendente (filho). Não menos importante, antes de ter um filho, é imprescindível que a família (pai e mãe) esteja querendo ter esse filho, de maneira que esse "querer" seja algo planejado. Obviamente, subsequente a esse "querer", vem a aceitação da gravidez por parte da mãe, outro fator importante. A vinculação já começa sobre esse aspecto. A partir do momento em que os pais planejam ter um filho, imediatamente já surge um laço afetivo entre pais/filho. Há uma expectativa positiva para a chegada do bebê, com planos futuros, cuidados, ensinamentos, etc.
Quando a criança não é planejada, e quando, somado a isso, inclui-se o fato do casal (pais) ser oriundo de uma família desestruturada, e ainda, não tenham se escolhido pelo amor, as coisas ficam complicadas e preocupantes. Essa criança tem grandes chances de não ter uma educação adequada, pois tende a "repetir" o caminho de seus pais. Ainda, esta desvinculação, reforçando, não é apenas em relação a situação econômica, e sim sócio-cultural. A falta de preparação dos pais, somada a falta de planejamento e ao suposto histórico negativo de infância dos pais, é determinante para essa desvinculação. "Completando" o caminho da desvinculação, problemas na gestação, prematuridade, risco de vida, distanciamento precoce entre mãe e filho e a separação do casal são outros fatores que se somam a este percurso. Quando se tem problemas na gestação, ou quando o feto sofre problemas na sua formação, em virtude de uma imprudência da mãe