Psicologia social I
Muitas vezes não se reconhece o preconceito com facilidade e, muitas das vezes, este tema é desviado nos mais diversos ambientes sociais. Ele aparece em manifestações sutis ou tão cotidianas que passa desapercebido e com pouca frequência paramos para refletir a respeito.
Desta forma, o preconceito é expressado continuamente não apenas pelas atitudes e práticas cotidianas das diversas comunidades, mas principalmente por meio da estrutura social que efetivamente exclui as populações sócio-historicamente discriminadas, estratificando de maneira desigual as classes, os grupos, as pessoas.
A verdade é que o preconceito, como Aronson (2002) e seus colaboradores destacam, deve ser considerado onipresente. Estes mesmos autores afirmam que além de ser um fenômeno generalizado, o preconceito deve ser considerado também como perigoso. Ele pode levar ao ódio extremo e até o genocídio.
Em casos menos radicais, o preconceito traz como consequência quase inevitável a redução da autoestima dos indivíduos alvo. As pessoas que pertencem a grupos sujeitos ao preconceito são vítimas, desde muito cedo, de ataques mais ou menos francos a sua autoestima.
Segundo Aronson (2002) o preconceito pode ser entendido como uma atitude.
“Especificamente, preconceito é definido como uma atitude negativa ou hostil contra pessoas de um grupo identificável, baseada exclusivamente na sua condição de membro do grupo. Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa tem preconceito contra os negros queremos dizer que ela está preparada para comportar-se fria ou hostilmente na relação aos negros e que ela acha que todos os negros são mais ou menos a mesma coisa. Assim, as características que esse individuo atribui aos negros são negativas e fanaticamente aplicadas ao grupo como um todo – os traços ou o comportamento do indivíduo alvo do preconceito não são percebidos ou são desconsiderados”
Desta forma, o preconceito é, em sua essência, uma atitude. Em