Psicologia e câncer
A forma como cada um se relaciona com o câncer é único e depende de vários fatores, como o grau de consciência da doença, o suporte familiar e social, os recursos de enfrentamento e a própria personalidade.
Geralmente, a primeira reação após a notícia do diagnóstico é a descrença. A pessoa não acredita que isso está acontecendo com ela, “a ficha ainda não caiu”.
Depois vem um período de distresse, em que sintomas de ansiedade e depressão se misturam, com duração de alguns dias ou semanas.
A seguir e à medida que opções de tratamento e cuidados tomam forma, instala-se a fase de ajustamento.
Nesses momentos iniciais, é possível sentir extrema tristeza, talvez acompanhada por sintomas físicos como:
- Choro constante - Fadiga e dificuldade de concentração - Falta ou excesso de sono - Mudança de hábitos alimentares - Perda de peso ou apetite - Irritabilidade
É possível que o paciente se veja:
- Com maior necessidade de amparo por parte de familiares ou amigos;
- Confiando menos em suas próprias decisões;
- Com dificuldade de se fazer entender ;
- Reagindo desproporcionalmente a algumas situações;
- Sentindo-se frustrado ou contrariado com facilidade.
Nem sempre é fácil dedicar atenção aos sentimentos, num momento em que muitas decisões práticas precisam ser tomadas. Porém o cuidado às reações emocionais é importante por vários motivos:
- Expressar as emoções, ao invés de escondê-las, promove alívio, e fortalece a saúde mental e física.
- O estresse contínuo no sistema endócrino (produtor de hormônios) afeta o sistema imunológico, podendo retardar o processo de tratamento e cura.
- Há evidências de que o suporte psicossocial prestado por profissionais qualificados tem impacto positivo na qualidade de vida de pacientes ou sobreviventes de câncer.
Além disso, a atenção e cuidado às emoções podem ajudar:
- O fortalecimento de pensamentos positivos como