Psicologia uma nova introdução

Estudo Dirigido
Psicologia uma (nova) introdução

I. 1. Quais as dificuldades envolvidas na criação de uma nova ciência e, especificamente, na elaboração de uma psicologia científica?

O processo de criar uma nova ciência é muito complexo, precisa-se mostrar um objetivo próprio e métodos adequados ao estudo desse objeto, mostrar que ela é capaz de se firmar como uma ciência independente das outras áreas de saber. No caso da psicologia científica, desde a Antiguidade os sistemas incluíam noções e conceitos relacionados a ela, como o comportamento, o “espírito” ou a “alma” do homem. Na Idade Moderna, físicos, anatomistas, médicos e fisiólogos trataram de aspectos comportamentais involuntários e voluntários do homem; também começa a se construir as ciências da sociedade, como Economia Política, História, Antropologia, Sociologia e Lingüística, tratando dos comportamentos humanos mais importantes para a sociedade. Porém, para Auguste Comte, no seu sistema de ciências, não cabe uma “psicologia” entre as “ciências biológicas” e as “sociais”. O problema principal para a psicologia seria seu próprio objetivo: a “psique”, entendida como “mente”, não se apresenta como um objetivo observável, por isso, não se enquadrando nas exigências do positivismo. Comte reconhece a possibilidade de uma psicologia em certo momento, mas sempre como uma área de conhecimento parcialmente dependente da biologia ou da sociologia. Ainda hoje os estudos psicológicos mantêm relações estreitas com muitas ciências biológicas e sociais.

II. 2. Em que sentido Descartes pode ser considerado o fundador da concepção moderna de sujeito?

Descartes é visto como o fundador do raciocínio moderno. Ele pretende estabelecer as condições de possibilidade para que obtenhamos um conhecimento seguro da verdade; alinha-se entre os que quiseram superar a grande dispersão do Renascimento e o ceticismo. Tenta buscar alguma verdade sobre a qual não existissem dúvidas e pudesse, assim, tornar-se fundamento