Psicologia Social
1. Introdução É corrente no seio da academia a discussão a despeito da proximidade entre o Serviço Social e a Psicologia, incorrendo-se muitas vezes em um não discernimento do que sejam os reais objetivos, atividades e instrumentais concernentes a cada uma destas áreas. Essa discussão tem permeado inclusive o mercado de trabalho destes profissionais, sendo freqüentes as reclamações de assistentes sociais que acusam psicólogos de usurparem seus espaços e vice-versa.
A dificuldade em delimitar as atribuições dos assistentes sociais e dos psicólogos tem se revelado inclusive na demanda apresentada pelas instituições; é comum encontrar assistentes sociais ocupando cargo de psicólogos e psicólogos ocupando cargo de assistentes sociais, uma vez que, em muitos casos, o perfil do profissional exigido no contrato exerce primazia sobre a formação da qual dispõe o profissional em questão.
A dificuldade em reconhecer os limites entre as profissões se dá, em parte, pela ênfase dada ao indivíduo enquanto ser social, e mesmo que a literatura corrente aponte para a distinção do enfoque dado por cada uma delas – o social pelo Serviço Social e o psicológico pela Psicologia – essa distinção não parece nítida quando se considera indivíduos perpassados por questões tão imbricadas que ofuscam a nitidez do que seja um problema social e um problema psicológico.
Embora haja essa distinção teórica é preciso que se recorra a experiências concretas para compreender como é vivenciada essa prática e, por fim, conhecer as suas especificidades.
É nesse sentido que o presente trabalho tem por objetivo demarcar as especificidades da prática profissional do Serviço Social e da Psicologia no âmbito sócio-jurídico e para efetivação do mesmo foi realizada uma visita ao Centro Integrado de Apoio e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa e, por conseguinte uma entrevista com as profissionais das presentes áreas. Este centro constitui-se um projeto do Governo Federal com