Psicologia organizacional
Autores: Aline Queiroga, Fernanda Zanin, Germano Pestana, Natacha Sereda – Graduandos do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Prof.a Lis Andrea P. Sobol.
E-mail: aline_queiroga@hotmail.com; aline.queiroga@copel.com
Resumo estendido: O presente artigo tem como proposta a discussão da prática psicológica em consultoria empresarial, tendo como referência uma perspectiva histórico-cultural. É possível conciliar abordagens a primeira vista tão antagônicas? Para que se possa começar a pensar tal tema propõe-se, um resgate do conceito de trabalho – de Marx aos dias de hoje. Ao longo da história percebe-se como as práticas sociais e a atividade humana vieram a se modificar: o trabalho que era inicialmente uma ação voltada para a satisfação das necessidades humanas mais fundamentais mostra-se hoje uma mercadoria. O homem não tem mais contato com o produto de seu trabalho; trabalhar tornou-se sinônimo de estar empregado. Não mais entendido como a atividade que dignifica, que constrói o homem, o trabalho passa a significar o esforço remunerado, sendo percebido como mais um produto a ser negociado dentro do modelo capitalista. De que forma esta mudança reflete-se na subjetividade do trabalhador? Entendendose a subjetividade enquanto produto das práticas sociais, assim como a consciência humana enquanto construto na e pela ação do homem sobre o meio social, o trabalhador aliena-se. Pensando de forma dialética o indivíduo e a sociedade, as mudanças percebidas nas formas de relação humana notam-se também nas formas como os homens têm se colocado frente ao trabalho, na produção de subjetividades. Trabalhando sem finalidade, em torno da lógica do capital, tem-se o indivíduo que não mais se motiva ao trabalho em virtude dos frutos que ele proporciona ou do prazer inerente à atividade em si, mas que se auto-regula,