Psicologia organizacional
A cultura significa os conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como ser social. Diferentes grupos possuem padrões típicos de pensar, sentir e agir. A cultura é aprendida, os hábitos e costumes são produtos de um processo de construção sócio-histórica. Keessing (1974) apresenta diferentes concepções sobre o tema, mas que no conjunto, demonstram que o conceito de cultura supõe existência de componentes ideológicos, pressupostos elaborados a partir de valores básicos arraigados, sistema de crenças, compartilhamento de símbolos, conhecimentos e experiências necessárias para saber como agir e sobreviver em um determinado contexto cultural.
Foi no início de 1980 que a questão cultural ganhou força efetiva nos estudos organizacionais, em virtude das multinacionais terem ampliado significativamente sua presença em todos os continentes, referindo-se ao aumento da competitividade entre as empresas de um modo geral. O tema permaneceu em evidência na década de 1990 devido à globalização dos mercados e às mudanças organizacionais. Nas organizações a cultura é tecida pelos próprios participantes. Os significados compartilhados, elaborados no processo histórico de construção da organização são gradativamente produzidos nas relações estabelecidas entre os diversos atores do cenário organizacional.
As origens para o conceito de cultura para o âmbito das organizações foi identificada em meados de 1930, com a experiência de Hawthorne, quando já naquela época, Elton Mayo considerou a possibilidade de utilização dos métodos antropológicos na compreensão dos valores predominantes no mundo do trabalho. Segundo alguns estudos teóricos e empíricos que proliferaram na época, sobre a cultura na organização, ela pode ser compreendida como uma variável da organização, algo que ela tem, ou como uma metáfora, o que a