psicologia mental
Doença mental é um termo que abarca tudo: a clínica, as ciências e a sociedade.
Já é antiga a afirmação: “de médico e de louco todos temos um pouco”.
Todos “podemos” afirmar quem é doente mental, mas não estamos imunes à doença mental.
Na maioria das vezes, as pessoas clivam e assumem-se como “médicos” (doentes são os outros) ou em parte “loucos” - mas no bom sentido, porque loucos, verdadeiramente, são sempre os outros.
É como pensarmos que os “normais” são como nós e os doentes são os diferentes. Nada de mais errado. Mas fica-nos o pseudo-bem-estar de que, excluindo os outros, excluímos de nós a doença mental.
Assim começou e continua o estigma da doença mental.
A história da doença mental revela que, desde cedo, as pessoas com comportamentos e atitudes desajustadas da sociedade e com situações extremas de doença fossem segregadas e remetidos para prisões onde eram contidas, colocando “a salvo” a sociedade (e não os doentes). Só muito posteriormente estes viriam a ser alvo de atenção e intervenção, surgindo neste contexto prisional os primeiros tratamentos médicos psiquiátricos.
O termo doença mental tem, infelizmente, ainda um sentido pejorativo, por ignorância e sentimento de ameaça e vulnerabilidade das pessoas. A imagem e conceito de doença são ainda associados a pessoas violentas, agressivas, incapazes, “tolinhas” ou que só cometem loucuras. Nada de mais errado. A doença mental é, atualmente, extremamente comum.
A doença mental não deve ser confundida com a quebra de normas ou funcionamentos sociais, de sentimentos, de crenças ou valores religiosos ou morais que divirjam deste ou daquele grupo, sociedade ou cultura.
Há ainda um grande desconhecimento da evolução do diagnóstico e tratamento das doenças mentais entre os profissionais de saúde (não ligados à saúde mental) e na sociedade, o que contribui para a estigmatização da doença mental.
Compete aos técnicos de saúde mental estudar, avaliar, tratar e