Psicologia da familia
A Psicologia da Família trata-se de uma área da psicologia destinada a melhorar a qualidade de vida da família. Esta é vista como uma forma de pensar os indivíduos na sua família, sendo a sua manifestação visível a terapia familiar.
Este ramo da psicologia contribui para a compreensão e intervenção no âmbito de problemas que afligem a família, tais como violência familiar e maus tratos, mal-estar na relação do casal, abuso no consumo de drogas, delinquência, entre outros.
Pode-se afirmar que a Psicologia da Família é uma base para a prevenção de problemas que afetam o casal, as crianças/adolescentes, os jovens e a sociedade em geral.
1 A Família enquanto Sistema
A perspetiva sistémica constitui um instrumento concetual que permite compreender a especificidade da família enquanto grupo e a complexidade relacional que a caracteriza, através de uma lógica circular que evita que se descreva e se leia a família com base numa sucessão estéril e infindável de causas e efeitos.
A partir dos conceitos fundamentais da perspetiva sistémica podemos definir família, utilizando as palavras de Relvas (2000), como “um sistema auto-organizado, social e aberto”. Esta carateriza-se essencialmente pelas pessoas que dela fazem parte e pela complexa rede de relações que se estabelecem entre elas. A família deverá desempenhar duas tarefas: por um lado, o suporte ao processo de individualização/autonomização dos seus elementos e, por outro lado, a criação de um sentimento de pertença.
Embora em constante interação com o meio, a família não depende das influências exteriores, possuindo capacidades organizadoras, decisórias e reguladoras que lhe conferem coerência e consistência no equilíbrio da dinâmica interior-exterior. Segundo Relvas (2000), “uma família evolui e transforma-se, os membros que a constituem alteram-se, mas ela não deixa de ser família, aquela família".
Sendo um sistema informacionalmente aberto e organizacionalmente fechado, a