Psicologia da Família
Texto 1: Família: uma crítica ao discurso técnico sobre a família desestruturada (SEQUEIRA)
A idéia de família desestruturada como causa da personalidade criminosa é comum entre alguns profissionais, porém é uma forma de pensar carregada de aspectos ideológicos.
História da família
Origem nos séculos XVI e XVII porque no final da Idade Média houve enfraquecimento da linhagem e da indivisão da família levando a transformações e culminando na família conjugal moderna.
Idade Média (séc XV): encontrávamos o sentido de linhagem, laços de sangue. Família era sinônimo de patrimônio, honra do nome e ambição. A primeira família moderna era formada por senhores ricos e seus empregados, ou seja, alem da família conjugal havia irmãos, criados, amigos, protegidos, etc. As casas não tinham paredes dividindo os cômodos e a casa desempenhava uma função publica. A criança se misturava com o adulto e era considerada como um ‘mini adulto’. As escolas era destinadas aos clérigos e não era comum seu uso por outras camadas da sociedade. Para os pobres, estava pautada na instalação material, quando eles não moravam com seus senhores.
A criança foi a principal diferença entre a família medieval e a família do séc. XVII, se tornou um elemento indispensável no cotidiano.
Século XVIII: se efetiva a separação entre público e privado. Os cômodos da casa passam a ser separados. A família começou a manter a sociedade à distância. Passa a existir uma valorização da intimidade. A criança passa a ser vista como criança e se torna o centro da família, retirando-a do mundo adulto. A autoridade paterna estava em plena ascensão. O casamento não era só um ato civil, mas religioso e político. Havia divisão sexual dos papeis.
Século XIX: a família passa a ser um conjunto de bens, um nome, um sangue, um patrimônio material e simbólico herdado e transmitido. Produtora de crianças e responsável pela socialização delas. A figura do pai era de extrema importância como