Psicologia como Instituição

"Impossível pensar na Psicologia sem conhecer sua instituição num lugar e tempo social politicamente determinados."

Se pensarmos em Psicologia no passado, veremos como ela foi se ampliando com o passar do anos.
O caminho foi longo, desde a Grécia antiga, com a tentativa de sistematização da Psicologia, através dos filósofos Sócrates, Aristóteles e Platão. Esses filósofos estudavam a alma e sua relação e ligação com o corpo.

Com o surgimento do Cristianismo (Séc V-XV), como a igreja católica monopolizava o poder, a Psicologia foi relacionada ao conhecimento religioso. Santo Agostinho, inspirado por Platão, separava alma do corpo e essa alma ligava o Homem a Deus. Já São Tomás de Aquino surge em uma época que o homem começa a questionar a igreja e os conhecimentos produzidos por ela, tentando restabelecer o monopólio total de antes. “ A busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus”. A Psicologia era mental e passou a ser popular através de ligações com a Paranormalidade e a leitura das saliências do crânio. Mas, havia uma rejeição por parte de alguns, por suas ligações com a Metafísica. Pela necessidade de busca do conhecimento científico, neutralidade e comprovação, a Psicologia além de ser uma ciência natural, torna-se experimental. O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do século XIX. Wilhelm Wundt torna-se o pai da Psicologia científica, abrindo seu laboratório, onde inicia-se o estudo científico dos problemas psicológicos, com o uso de instrumentos de medição e observação. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência.

Assim, a Psicologia liberta-se da Filosofia, definindo seu objeto de estudo, delimita seu campo de estudo e formula teorias e métodos. Passa a ligar-se a especialidades da Medicina. Surgem as primeiras abordagens, tais como o Funcionalismo de William James, o Estruturalismo de Tchiner, que estudavam a consciência e o Associacionismo de Thorndike, com o processo de associação