Psicologia clínica
O termo psicologia clínica foi usado pela primeira vez no final do século XIX por Lightner Witmer, que fundou a primeira clínica psicológica na Univerdade da Pensilvânia e o primeiro curso universitário dessa área.
Witmer sentiu a necessidade de criar uma nova vertente da psicologia por achar que esta deveria ser praticada para resolver os problemas reais das pessoas e não só estudar a mente. Para ele, a psicologia clínica era como um protesto contra a psicologia que derivava apenas de especulações filosóficas. Essa área sugiu também devido à necessidade de conhecer a nova organização subjetiva advinda das profundas transformações ocorridas no século XIX e no início do século XX.
Em 1907, Witner criou a primeira revista específica da área, chamada Psychological Clinic. Em 1917, foi fundada a Associação Americana de Psicologia Clínica e, em 1919, fundiu-se com a Associação Psicológica Americana, que passou a ter sua seção clínica.
Freud apesar de não usar em suas obras o termo, contribuiu para o desenvolvimento da psicologia clínica com suas ideias, métodos e seus procedimentos, além de evidenciar as particularidades da relação entre o sujeito analisado e o observador.
O desenvolvimento da psicologia clínica nos Estados Unidos se deu inicialmente na área da educação e no tratamento de doentes mentais mas foi na década de 40, no entanto, que a psicologia clínica nasce tal como é hoje entendida, devido à abertura de oportunidades de trabalho nessa área durante a Segunda Guerra Mundial para dar apoio aos militares para que eles pudessem se recuperar de seus traumas.
A consolidação dessa área se deu na França quando Daniel Lagache, em 1949, a partir de uma conferência, diferenciou a psicologia clínica da medicina, da psicologia experimental e da psicanálise.