Psicologia clinica
Pode-se definir psicologia clinica como sendo uma das subáreas de atuação da psicologia que destina-se a investigar e intervir no âmbito da saúde mental. O psicólogo clínico possui a especificidade de aperfeiçoar aspectos interpessoais e intrapessoais, além dos aspectos relacionados à história de vida do paciente. A ação desse profissional é requerida em situações de crise individual ou grupal, ou quando sucedem perturbações de comportamento ou personalidade. Em seu trabalho com os pacientes o psicólogo clínico deverá utilizar uma abordagem psicológica para desenvolver suas atividades. Dentre elas podem-se citar as abordagens comportamental, a psicanálise, a gestalt, dentre outras, estando às técnicas e os métodos vinculados a essas abordagens. O psicólogo, assim como os demais profissionais de saúde, exceto os médicos, não estão profissionalmente capacitados a receitar medicamentos, uma vez que essa é a área da psiquiatria (especialidade da medicina). Os psicólogos clínicos estudam casos de forma aprofundada tendo por base a anamnese, a introspecção, a observação de comportamento, a associação livre, podendo também utilizar vários outros métodos qualitativos. Na psicologia clínica podem-se desenvolver atividades de psicoterapia individual ou coletiva, atendendo um público que compreende desde bebês até idosos. As atribuições do psicólogo clínico não se limitam a uma perspectiva curativa (aspectos psicopatológicos), mas também se relacionam a prevenção, redução das situações de risco e a melhoria da qualidade de vida.
1.2 INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Os primórdios da psicologia clínica científica se encontram em fins do século XIX e o termo "psicologia clínica" foi usado pela primeira vez pelo americano Lightner Witmer (1867-1956), aluno de Wundt. Ele fundou a primeira clínica psicológica na Universidade de Pensilvânia (EUA), bem como o primeiro jornal especializado (The Psychological Clinic) em 1907,