Psicologia clinica e da saúde
LAMARÃO, M. L. N; MACIEL, C. A. B. (orgs). Mulheres do Benguí: Contando histórias de trabalho infantil doméstico. Belém: Gráfica Alves, 2006. 147 páginas. ISBN 85-88314- 26-6
Resenha elaborada por Daniela dos Santos Barbosa, Fernanda Leite, Priscila Albuquerque Monteiro Khoury e Tiago Luiz de Araújo Santos, psicólogos e alunos especiais do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFPA.
Esta obra trata de uma pesquisa realizada com mulheres moradoras do bairro do Benguí, retrata através de seus relatos, uma peculiaridade do estado do Pará, o trabalho infantil, que é parte muito presente na vida da maioria destas participantes.
O primeiro capítulo do livro retrata a origem e a realidade hoje em dia no bairro Benguí, cujo surgimento é decorrente de uma invasão tendo seu nome originado das iniciais de Benedito "BEM" e Guilherme "GUI", filhos de pessoas residentes no local. Teve sua origem nos anos 40 e seu crescimento é conseqüência de um processo desordenado do município de Belém, de acordo com IBGE, de 2000, há mais 237 mil pessoas morando no bairro, sendo que 45% dessas pessoas são crianças e adolescente.
Os autores consideram o Benguí, um bairro periférico, no qual o índice de desemprego e violência são altos, e ainda há a falta de saneamento básico e de infra-estrutura. A maior parte das pessoas que constituem o bairro são pessoas advindas de migração, sendo principalmente do interior do estado.
Em relação ao ensino, grande parte das pessoas que vivem no bairro tem apenas ensino fundamental incompleto. De acordo com os autores, o ensino regular no bairro é de baixa qualidade, não tendo equipamentos, segurança e limpeza nas escolas. Observa-se também que a maioria dos habitantes do bairro encontra-se desempregada, encontrando possibilidades de trabalho no mercado informal.
Outro tópico abordado está relacionado à saúde e os autores após, uma pesquisa, constataram que existem apenas dois postos de saúde, sendo que o