psicologia banco dos réus
Desde o início da humanidade, os crimes passionais sempre existiram, principalmente com a sua formação, e sempre existirão. Isso é fato. Trata-se de uma questão subjetiva, não se podendo afirmar quem é capaz ou não de praticar um crime, sobretudo quando este delito é motivado por uma paixão, que em geral, é perturbadora.
É bom destacar que os crimes passionais são naturais de relacionamentos sexuais e/ou amorosos, buscando o entendimento do porque de tal conduta e a punição mais acertada para ser aplicada a esses crimes, analisando-se os aspectos imprescindíveis. E o fato gerador, a motivação, da conduta criminosa, se foi uma emoção aguda e passageira ou uma paixão crônica e duradoura.
A paixão que move a conduta criminosa não resulta do amor, mas sim do ódio, da possessão, do ciúme imbecil, da busca da vingança, do sentimento de frustração aliado à prepotência, da mistura de desejo sexual frustrado com rancor.
A professora de filosofia Margot Proença Gallo, de 37 anos, foi morta em
7 de novembro de 1970, em Campinas, interior de São Paulo. Na época, Augusto
Carlos Eduardo da Rocha Monteiro Gallo, procurador de Justiça, matou a mulher com 11 facadas, depois saiu da casa do casal de carro, com a arma do crime.
Ficou 11 dias foragido até se apresentar à polícia, mas não foi preso. Ele havia descoberto uma carta de amor de Margot para um professor de francês que havia dado curso para sua mulher em Campinas. Para Augusto, Margot o traía. Em
1975, Augusto foi absolvido em dois julgamentos.
Crimes desta natureza foram vistos pelas sociedades, de acordo com a educação de cada época, tendo-se, inclusive, admitido até a década de 70, a tese de legítima defesa da honra, hoje já superada e extremamente insustentável e inadmissível
2- DESENVOLVIMENTO
No dia 7 de novembro de 1970, Augusto Carlos Eduardo da Rocha
Monteiro Gallo, procurador de justiça, suspeitando de que sua mulher, a professora de filosofia do “Colégio Estadual