Resenha Crítica - Filme Doze homens e uma sentença
Relacionando o filme com a psicologia jurídica, temos a análise comportamental de todo o grupo e a análise individual de cada jurado, a fim de que possamos perceber até que ponto os mecanismos de defesa e as funções mentais superiores puderam influenciar na decisão do júri.
Inicialmente, através do jurado número 1, que se dispôs a conduzir a discussão - mostrando em sua personalidade um caráter de liderança -, o grupo se organiza na sala para uma votação preliminar, antes de qualquer tipo de debate. Devido à exaustão e a pressa, uma vez que o julgamento já estaria em seu terceiro dia, onze jurados votaram pela condenação do jovem com o propósito de “acabar logo com aquilo”. Apenas o jurado número 8, embasado em uma análise minuciosa das provas por parte de todos antes de qualquer veredicto, votou pela inocência, causando certo mal-estar e conflitos de opiniões dentro do recinto. Diante de tal situação, podemos estabelecer ao grupo o mecanismo de defesa da regressão, tendo em vista a adoção de atitudes e comportamentos característicos de uma idade anterior, atrapalhando assim o andamento da altercação.
Embora a atitude do jurado número 8 tenha causado inquietação entre os demais, tal comportamento é considerado positivo, visto que esse jurado demonstrou a sublimação, único mecanismo de defesa positivo, para remontar a tese de que eles estavam tratando ali de uma vida. A partir do momento que é estabelecido uma hora para discussão começa a surgir embates pessoais entre os participantes, fazendo com que a