Psicogenese
O processo de construção da escrita das crianças é um processo difícil de
acompanhar, pois as mesmas vivenciam em seu cotidiano experiências que
permitem as mesmas levantar hipóteses e reformular suas hipóteses para
posteriormente apropriar-se do conhecimento e da escrita.
Os estudos de Emília Ferreiro foram calcados por polêmicas que permeiam o
processo de alfabetização dos anos 70, considerando o quantitativo de alunos
repetentes nos anos iniciais de escolarização e o fato disso acontecer com alunos
das classes econômicas desprivilegiadas.
As concepções de Emília Ferreiro vieram nos proporcionar melhor entendimento
sobre o processo de construção da escrita e a análise de aquisição da leitura e da
escrita considerando o conhecimento prévio que a criança possui em contato com
sua língua materna.
Neste sentido fica visível que, conforme a concepção da autora que respeitar o
conhecimento prévio da criança ultrapassa o limite da sala de aula, pois é sabido
que são muitos os fatores, sociais, políticos e econômicos que surgem para explicar
as derrotas obtidas pelos alunos no processo inicial da aquisição da leitura e da
escrita.
Fica claro compreender que os fracassos e dificuldades na aprendizagem da leitura
e da escrita representam um problema que nenhum método até então conseguiu
solucionar, de acordo com estudos da autora.
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2 A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA
Neste capítulo abordaremos um pouco do processo histórico do desenvolvimento
da escrita e seu desenvolvimento na vida da criança no processo de apropriação do
conhecimento da leitura e da escrita.
2.1– A PSICOGÊNESE DA ESCRITA CONFORME AS CONCEPÇÕES
DE EMÍLIA FERREIRO
No final dos anos 70, entre as tendências didáticas de vanguarda havia aquelas que
tinham um viés mais psicológico e outros mais sociológicos e político; a partir dos
anos 80 surge um movimento que pretende a integração entre essas abordagens.
Esse