pré relatório análise qualitativa de biomoléculas
As biomoléculas são compostos de carbono, ou seja, são moléculas que contêm esqueletos de carbono que ocorrem em uma variedade quase ilimitada, inteiramente interligadas ao sistema biológico. Tendo a maioria das biomoléculas como compostos orgânicos, deduzimos que a versatilidade de ligação do carbono ganhou um destaque maior na seleção dos compostos de carbono para a maquinaria molecular das células durante a evolução e origem dos organismos vivos. Grande parte das biomoléculas pode ser vista como derivada dos hidrocarbonetos, que são compostos formados por um esqueleto de átomos de carbono ligados covalentemente entre si, ligados apenas com átomos de hidrogênio; o que faz tais esqueletos dos compostos muito estáveis. (LEHNINGHER. Princípios de bioquímica.2003). Podem ser formadas diferentes famílias de compostos orgânicos através de grupos funcionais, substituindo individualmente os átomos de hidrogênio; são elas, famílias típicas de compostos orgânicos: álcoois, as aminas, aldeídos, cetonas que possuem grupo carbonila, e os ácidos carboxílicos que possuem o grupo carboxila. As biomoléculas podem conter dois ou mais grupos funcionais diferentes, sendo assim, ditos polifuncionais; cada grupo contendo sua própria reação química característica. (NELSON & COX, 2006)
Embora os grupos funcionais e as ligações covalentes das biomoléculas tenham uma importância fundamental, sua estereoquímica, isto é, o arranjo espacial em três dimensões dos átomos de uma biomolécula, é também terminantemente importante.(DEVLIN, 2007) Os compostos de carbonos podem existir como estereoisômeros, aonde a relação espacial é diferente, mas as moléculas possuem a mesma ordem de ligação. Interações moleculares entre biomoléculas requerem estereiquímica específica nas moléculas interativas, ou seja, são invariavelmente estereoespecíficas.
Alguns estereoisômeros são imagens especulares um do outro, chamados assim de enantiômeros. Por outro lado, pares de estereoisômeros