Pré-Modernismo
O Pré-Modernismo não configura um estilo literário ou uma escola. Trata-se de um período cronológico marcado pelo sincretismo (fusão, mistura) de diversas tendências, identificado primeiramente por Tristão de Ataíde. Esse termo foi criado por Alceu de Amoroso Lima para indicar um conjunto de autores em que se observa um sincretismo de tendências conservadoras, com tendências renovadoras.
1. As correntes da vanguarda europeia
No início do século XX, as nações europeias tiveram vários problemas em comum, como a partilha da Ásia e África, enquanto Inglaterra e França se destacaram em virtude da conquista de grande parte do território e seus inúmeros recursos, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com pequenas porções e de baixo valor. Toda essa insatisfação ocasionou em verdadeiras disputas por autoridade econômica, que fizeram os países investirem em armamentos no caso de confrontos, o que provocou a Primeira Guerra Mundial.
Simultaneamente ligado a estes fatos, estava o grande avanço tecnológico pelo qual passava a burguesia industrial em decorrência das grandes inovações (luz elétrica, o automóvel, o avião, o avanço científico, entre outros). Diante deste processo revolucionário, a Europa daquela época dominava o restante do mundo, entretanto, já ecoavam rumores de que a desigualdade social viria a fazer parte deste processo: de um lado, as grandes elites, do outro, a massa dos excluídos – trabalhadores insatisfeitos em decorrência das péssimas condições de trabalho a qual eram submetidos. Com o clima de insatisfação irrompiam-se também as greves.
Mediante de tais acontecimentos, surgiram movimentos artísticos e políticos que representaram um sentimento de oposição às sentenças impostas pela sociedade da época. Estando à frente de seu tempo, os movimentos representados pelas vanguardas revelaram seus interesses ideológicos por meio de uma verdadeira radicalização no campo da cultura e das artes como um todo. Manifestações artísticas