Práticas de grupos - Presídio feminino
Autoras: Pilar Migallón Lopezosa, Andrea Voria. 2007, Espanha.
Introdução
Segundo Lopezosa e Voria (2007) o trabalho em grupo nas prisões, atua como ferramenta eficaz e eficiente para promover mudanças de atitudes, comportamentos e emoções. Os grupos nas prisões são uma alternativa para superar o isolamento, ansiedade, desconforto e desconfiança entre as reeducandas. Permitem ainda, que a interna analise os diversos aspectos que contribuem em sua subjetividade enquanto mulher, desafiando questões de gênero e modelos de pesquisa sobre o feminino. Possibilitando com que as reeducandas relacionem suas questões intimamente com seus desejos e necessidades.
A iniciativa da formação do coletivo no ambiente carcerário possibilita a troca de percepções, ideias e sentimentos. Propicia elementos de interação entre a situação de cada uma delas com relação ao grupo. Segundo Lopezosa e Voria (2007) esta experiência faz com que as apenadas possam se sentir compreendida e minimamente amparada.
As autoras afirmam ainda que no grupo cada pessoa tem conhecimento, experiências e opiniões, e não se configura como um mero receber. “Não é um lugar para ser receber passivamente informações. Participação em um grupo auxilia a ter um papel ativo e facilita atitudes de engajamento e envolvimento.” (Lopezosa e Voria, P. 15) O grupo funciona como instrumento terapêutico que permite a pesquisa para o estudo das relações interpessoais e do mundo destas mulheres.
No início de cada grupo, como lembra Daniel Valiente "há resistências comuns, generalizada e não específica, relacionado aos problemas de adaptação emocional que o sujeito apresenta diante de uma nova situação, como psicoterapia de grupo "(3) e disse que era necessário diferenciar estas resistências iniciais "Aparecendo ao longo da evolução da grupo, que são mais especificamente elementos de defensa de cada sujeito.
Muitas vezes, muitos