Por trás das grades: Maternidade no presídio
Angelita Lopes Cardoso- IESFAVI
Jussara Cristina Schiffler- IESFAVI
Lucilene de Oliveira- IESFAVI
Renata Soares Loiola- IESFAVI
Shirley Silva Martiniano- IESFAVI
Mônica Nogueira dos Santos
maternidade
O significado de maternidade nem sempre foi como se apresenta na atualidade, esta segundo Correia (1998) tem sido alvo de investigações, ensaios e dissertações realizadas por diferentes áreas que se interessam pelo estudo do homem. As mudanças ao longo da história da sociedade foram transformando os papéis e modelos de relação até então estabelecidos na estrutura familiar.
Conforme afirma Coutinho (2009)
A ternura e intimidade entre pais e filhos, e também entre o próprio casal, postulado como indispensável nos dias atuais, não constitui fator universal e independente de época. Até o século XVIII não se falava em casamento “por amor”, figurando os casamentos arranjados (por conveniência), que embutiam uma natureza diferente no que se refere às relações conjugais, e atribuíam outro significado à criança (o que não quer dizer que nenhum casal se amasse ou que nenhuma criança fosse amada). (p. 21).
De acordo com Áries (1981) durante a Idade Média a família possuía um lugar privilegiado e os filhos asseguravam a perpetuação dos bens materiais e dos nomes. Os filhos na maioria das vezes eram frutos de uma união estabelecida para defender interesses familiares, as crianças eram vistas como miniaturas de adultos e participavam de todos os acontecimentos da casa, e da vida social e existia uma rígida relação hierárquica entre homens e mulheres.
A partir do século XIX com as mudanças advindas do avanço do capitalismo, o declínio da figura do patriarca e a inserção da mulher no mercado de trabalho houve uma mudança na estrutura da família. Deste modo a família começou a ocupar outro lugar e a relação entre pais e filhos também mudou. Nesta mesma época, surgiram publicações dando recomendações às