Provas
Portanto, a função de um linguista é estudar toda e qualquer manifestação linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado.
BREVE HISTÓRICO DA GEOGRAFIA LINGÜÍSTICA
Alfredo Maceira Rodríguez
Mestre em Filologia Românica e Doutor em Lingüística (UFRJ)
Professor de Lingüística na FFP (UERJ)
1. INTRODUÇÃO
Os estudos lingüísticos com base científica muito se aprofundaram com a dedicação e entusiasmo dos neogramáticos, mas foi à oposição a esta corrente historicista que permitiu outros enfoques para os estudo das línguas. Na segunda metade do século XIX, Henry Sweet, destacou-se na Inglaterra pela sua hostilidade aos estudos históricos, intimamente ligados à Alemanha e voltou-se para o estudo dos aspectos descritivo e sincrônico das línguas, particularmente da fonética. Inicialmente os estudos dialetais inseriam-se no método diacrônico. Para o estudo de um dialeto popular, visitava-se a área de interesse e anotavam-se as particularidades lingüísticas que se julgavam de maior interesse: pronúncia, morfologia, sintaxe, e, em menor escala, o léxico.
Antes dos neogramáticos, o estudo científico dos dialetos já havia sido iniciado pelo lingüista italiano Ascoli.
Os neogramáticos defendiam a idéia de que as leis fonéticas deviam explicar-se por leis puramente naturais, embora admitissem a influência da analogia. Contra estes exageros insurgiram-se de início Ascoli na Itália e Hugo Schuchardt na Áustria. Ascoli opõem-se ao esquematismo das leis fonéticas e luta pelo reconhecimento dos estudos dialetológicos porque acha que o estudo das línguas vivas permite melhor conhecimento das línguas do passado. Schuchardt também se opõe à comparação das leis fonéticas com leis naturais. Foi ele quem antecipou o conceito de dialeto, tal como hoje