prova
O período eleitoral sempre nos oferece uma avalanche de ideias, opiniões e propostas. Uma parte delas sem o menor vínculo com o passado ou com políticas já efetivadas. Outras tantas de cunho pessoal ou personalizadas, de tal forma que não se distingue ideia de idealizador, ficando a impressão de algumas propostas atendem perfeitamente ao aspecto meramente retórico de seu proponente.
Mas, quando se fala de políticas públicas, não poderemos deixar de notar a falta de um compromisso maior dos partidos e de muitos candidatos com transformações efetivas que podem e devem ocorrer nas relações entre estado e sociedade. Se entendermos políticas públicas como a intervenção de variados atores que tenham como objetivo o desenvolvimento, por exemplo, da cultura, e de que essas intervenções devam ser sistemáticas e articuladas e que devam mirar a articulação das múltiplas dimensões de um sistema cultural, para olharmos de perto as propostas e as chamadas políticas para a cultura, o cenário é triste.
Seria difícil definir o que seria importante delimitar como política cultural efetiva nos programas dos candidatos atuais. Alguns exemplos talvez nos ajudem a entender o que não é uma política cultural.
Não é política cultural propor intervenções pontuais, sem conexão entre os atores e instituições competentes. O mesmo se pode dizer de ações restritas a determinado grupo, atividade ou lugar. Não são políticas públicas propostas isoladas dos contextos a que se referem – atores sociais variados.
Cultura e Política II
Já vimos o que seria a definição de políticas de cultura. Mas e a noção de cultura? O que fazer dela na medida em que temos uma imensidão de sinônimos utilizados para falar da mesma coisa? Sendo que, muitos sinônimos, escondem mais do que mostram, vamos fazer um esforço para entender do que se fala quando se fala de cultura.
Algumas pessoas dizem: aquela é uma moça com cultura. Vai ao Teatro sempre. Lê muitos livros. E