Proposta de interpretação histórico-metodológica
Toda e qualquer produção humana tem por tás de si a contribuição de inúmeros homens, que em um tempo anterior realizaram descobertas, inventaram técnicas e desenvolveram ideias. Ou seja, existe a História por trás de qualquer produção material ou espiritual.
Compreender algo que compõe o nosso mundo significa recuperar sua história. O passado e o futuro sempre estão no presente enquanto base constitutiva e enquanto projeto. Todos nós temos uma história pessoal e nos tornamos pouco compreensíveis se não recorremos a ela e a nossa perspectiva de futuro para entendermos quem somos e porque somos de determinada forma.
A história de construção da psicologia está ligada em cada momento histórico. As exigências de conhecimento da humanidade, às demais áreas de conhecimento humano e aos novos desafios colocados pela realidade econômica e social e também pela insaciável necessidade do homem de compreender a si mesmo.
A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMÓRDIOS
Com a evolução dos povos e as construções das primeiras cidades, crescimento, riquezas para a arquitetura, agricultura e a organização social houve os avanços na Física, Geometria, nas teorias políticas. Esses avanços permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do espírito, como a Filosofia, e a Arte.
A alma ou espírito era concebido como parte imaterial do ser humano e englobaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Havia uma oposição entre os idealistas e os materialistas.
Sócrates (469-399 a.C.) - Psicologia na antiguidade ganha consistência: Limite que separa o homem dos animais, a razão. Esta teoria postulava que, a razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos que seria a base da irracionalidade.
Platão (427 – 347 a.C) - Discípulo de Sócrates. Procurou definir um “lugar” para a razão no nosso