Proposta de atividade recreativa para cada uma das deficiências: física, intelectual, visual e auditiva.
Denise Travassos Marques
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Resumo
O objetivo deste estudo é salientar a necessidade de melhor formação docente em relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, mais especificamente, em relação ao idoso, um grupo marcado por múltiplas exclusões e bastante presente nas salas de aula de EJA. O estudo foi realizado a partir de revisão bibliográfica sobre Educação de Jovens e Adultos, idosos e formação docente, da reflexão sobre documentos, tais como a Constituição da República Federativa do Brasil e o Estatuto do Idoso, e da análise da experiência desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP, por meio da FUMEC (Fundação Municipal de Educação Comunitária). Após apresentar algumas perspectivas a respeito da ampliação no número de idosos na sociedade atual, dos preconceitos relacionados ao envelhecimento e da luta pelos direitos do cidadão idoso, focamos a importância do papel do educador no intuito de reverter a obscuridade a que é remetida a pessoa idosa, tanto no âmbito social quanto no educacional. Para tanto, concluímos, tornam-se necessárias rupturas, que dizem respeito à própria imagem do pedagogo e da área da educação na sociedade, notadamente vinculada à infância, no intuito de incluir temáticas relativas ao idoso e ao envelhecimento nos currículos dos cursos de pedagogia, bem como de ampliar discussões a respeito do idoso, em especial aquele oriundo de camadas populares, nas pesquisas no campo educacional.
Palavras-chave
Idosos – Cidadania – Formação docente – EJA.
* Gostaríamos de fazer um agradecimento a Alessandra Splendorelli, então secretária do Núcleo de Pesquisa e Extensão do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da PUC-Campinas, por sua inestimável contribuição à publicação deste artigo.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v.36, n.2, p. 475-490,