proposta curricular de português para os anos iniciais
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A língua é um sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz através de textos ou discursos, falados ou escritos. No entanto, a condição básica para o uso escrito da língua, que é a apropriação do sistema alfabético, envolve, da parte dos alunos, aprendizados muito específicos, independentes do contexto de uso, relativos aos componentes do sistema fonológico da língua e suas interrelações. (PRÓ-LETRAMENTO, Fascículo 1, p. 9, 11/2007).
O ensino da Língua Portuguesa, consoante às diretrizes emanadas do
Ministério da Educação, deve voltar-se para a função social da língua como requisito básico para que o indivíduo ingresse no mundo letrado e possa construir seu processo de cidadania e integrar a sociedade como ser participante e atuante
(SAEB/Prova Brasil).
De
acordo
com
os
Parâmetros
Curriculares
Nacionais,
no
Ensino
Fundamental de nove anos, o eixo da discussão deve voltar-se para a questão da leitura e da escrita. Sabe-se que os índices brasileiros de repetência dos anos iniciais estão diretamente ligados à dificuldade que a escola tem de ensinar a ler, intepretar e escrever. Essa dificuldade se expressa com clareza nos dois gargalos em que se concentra a maior parte da repetência: no final do 1º ano (ou mesmo nos dois primeiros anos) e no 5º ano. No primeiro, por dificuldade em alfabetizar; no segundo, por não conseguir garantir o uso eficaz da linguagem, condição para que os alunos possam prosseguir seus estudos, pelo menos até o fim do 9º ano.
A situação escolar atual aponta para a necessidade da reestruturação do ensino de Língua Portuguesa, com a intenção de encontrar alternativas e procedimentos que venham a garantir, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita.13 É necessário, ainda, considerar a oralidade como atividade interdependente da escrita, já que ambas são processos que se revelam em práticas sociointerativas.
Embora os alunos, ao