propganda
- Anúncios geralmente não mostram a realidade, mas a fantasia que admite o devaneio.
- Porém, a utopia apresentada nos anúncios deve estar ligada à realidade por alguma conexão causal.
- Ao compensar a monotonia da vida cotidiana, pelo emprego de fantasias, a publicidade indiretamente comprova a monotonia/insatisfação com a vida tal como ela se apresenta.
- Desse modo, ela funciona como uma espécie de espelho mágico que permite discernir os contornos do descontentamento popular com a vida e com as oportunidade proporcionadas pela sociedade.
- “A propaganda se fundamenta no desejo subconsciente de um mundo melhor” (Vestergaard/Schroder, Cap. 5).
“Temperatura ideológica”
- As mensagens não são apenas um a questão da indústria da consciência, elas devem ter algum fundo comum – na experiência coletiva – para serem apreciadas.
- Por isso, a publicidade acaba refletindo atitudes, esperanças e sonhos de seus leitores.
- A análise da publicidade permite, portanto, penetrar de certo modo na consciência do público, no seu modo de pensar, em sua ideologia (= valores assumidos por uma pessoa numa situação de comunicação).
- Assim, seria possível medir a “temperatura ideológica” popular (num dado momento).
- Interesse do método: “A versão mais coerente e acessível do universo ideológico popular encontra-se nas mensagens textuais que o povo consome, porque sente prazer nelas” (Vestergaard/Schroder, Cap. 5).
Publicidade como Diagnóstico Sociopsicológico
- Questão de método importante: deve-se buscar os significados mais profundos das mensagens, no conjunto das mesmas (sincronicamente), vistas como símbolos de valores e atitudes sociais generalizadas sobre as coisas.
- 2 exemplos
- Apreço/ênfase dada aos jovens/juventude nos anúncios è indicador do baixo apreço da nossa cultura pela velhice
Num nível