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Campus de Chapecó
Acadêmicas: Amanda S. da Cruz e Deise Carraro. Componente Curricular: Associativismo
Professor: Mauricio Sant Anna Duarte
POLÍTICAS PÚBLICAS E O ASSOCIATIVISMO
Uma democracia participativa constitui-se como uma nova articulação entre o Estado e a sociedade. Ampliam-se a participação igualitária e as responsabilidades compartilhadas e institucionalizam-se esferas públicas com efetivo poder de decisão. No Brasil, as organizações e movimentos sociais são os responsáveis principais por este processo, mormente nas bases da sociedade. Há visível correlação entre democratização e fortalecimento da sociedade civil e da esfera pública não estatal, traduzida na consolidação de uma extensa rede de organizações ligadas a movimentos sociais em face da acumulação de capital social.
A teoria indica as mudanças em discussão e, a partir dos anos 80, passa a enfatizar as categorias movimentos sociais e sujeito popular ou ator social, preferindo-as à classe social. Emergem novos movimentos sociais (NMS), mais autônomos e variados e, nos anos 90, percebe-se uma realidade multifacetada e complexa, com articulações de ações locais (grassroots) por meio de redes de movimentos (networks) que atingem o nível global, possibilitada, entre outros fatores, pelo desenvolvimento de novas tecnologias informacionais.
O processo não se dá sem problemas, posto que sua ampliação depende da tendência político-partidária no poder e de mudanças de políticas econômicas e sociais em âmbito nacional. Além disso, há riscos de manipulação, cooptação e controle político, pois “em se tratando da realidade brasileira, as dificuldades ou limites para a implementação de experiências participativas são gritantes, haja vista a combinação de elementos perversos e constrangedores como: as desigualdades sociais, as culturas autoritárias, clientelistas e patrimonialistas, além da complexidade dos aparatos institucionais.
No âmbito federal