4. REFERENCIAL TEÓRICO As três primeiras décadas do século XX favoreceram grandes transformações na economia do Brasil e, consequentemente, mudanças nas suas organizações. Nessa época, houve um grande crescimento dos parques industriais e necessidade de mão de obra especializada, para administrar as operações que eram demandas. Essas operações exigiam conhecimentos econômicos, administrativos, operacionais, financeiros, entre outros. Indo ao encontro dessas necessidades e visando se manter ou crescer na escala social, as famílias com melhores condições financeiras mandaram seus filhos estudar no exterior, enxergando nesse caminho uma forma de adquirir boa formação acadêmica e garantia de ascensão socioeconômica. Isso também poderia ser determinante para sustentar os negócios da família ou para ocupar lugar de destaque em uma grande organização. Segundo Pizzinato (2003), na década de 30, o governo percebeu que havia a necessidade de promover estudos sobre administração e, por meio do departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) e do Instituto de Organização do Trabalho (IDORT), deu início a uma série de ações, entre as quais o incentivo para abertura de cursos com esse enfoque. Nessa época, o fortalecimento do capitalismo e a influência norte-americana por meio de seus modelos serviram de referência para muitos países, inclusive o Brasil. (BERTERO, 2006; FISCHER, 2006) Alinhada a esse movimento, a Fundação Getúlio Vargas – FGV foi a primeira instituição de ensino superior a criar um currículo especializado em administração. Esse primeiro curso tinha seu foco voltado à administração pública. O currículo desse curso teve uma forte influencia norteamericana, pois a FGV tinha estabelecido um convênio com a USAID (Desenvolvimento Internacional do Governo dos Estados Unidos) e a Universidade de Michigan. ( ANDRADE 1997). Na esteira dessas mudanças, outras instituições e cursos foram criados, como, por exemplo, o curso de Economia, Ciências Contábeis do Centro