Projeto
Podemos começar este assunto com uma pergunta chave: Afinal, por que o brincar é considerado algo tão importante para o desenvolvimento das crianças?
A resposta e complexa, mas, ao mesmo tempo cheia de certezas. Baseado nos estudos de Vygotsky (1989) - o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de brincadeira. Desta forma podemos dizer que a criança que utiliza as brincadeiras tem o seu desenvolvimento mais aflorado. Uma criança que utiliza das brincadeiras para o seu aprendizado, ela tende a interpretar o mundo de uma forma mais ampla, se sente livre para expressar seus sentimentos, perde a timidez e ganha confiança no outro. O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, permitindo explorar, reviver, e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar, com este pensamento recordamos, dois grandes pesquisadores: Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), que ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.
Desta forma e necessário que a criança tenha contatos com