No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. Da perspectiva das economias receptoras, os investimentos europeus nos países da América do Sul se dirigiram fundamentalmente aos setores de serviços e à exploração e processamento de recursos naturais. No Brasil, a maior parte dos investimentos europeus se concentra em indústrias manufatureiras. Em primeiro lugar, as empresas transnacionais europeias têm forte relevância em matéria de investimentos em nova planta no setor de manufaturas, sendo este o principal mecanismo para incrementar a capacidade produtiva. Em segundo lugar, entre as empresas estrangeiras, as procedentes da Europa têm sido as mais ativas em atividades de pesquisa e desenvolvimento (PeD), especialmente no Brasil e na Argentina. De fato, o Brasil é o único país que tem se posicionado como localização relevante na internacionalização das atividades de PeD das empresas transnacionais europeias. Desta maneira, os centros de PeD de empresas europeias no Brasil estão aumentando sua relevância nas redes globais de inovação destas companhias e gerando importantes efeitos locais positivos em matéria de transferências de tecnologia, acumulação de capacidades produtivas e inovação. Obviamente, o tamanho do mercado é um determinante fundamental, mas também o foram a estrutura industrial — a mais diversificada da região— e a implementação de políticas ativas de desenvolvimento produtivo e industrial. O Brasil foi um dos primeiros países com os quais a UE estabeleceu relações diplomáticas, iniciando esta relação em 1960 com a troca de missões diplomáticas formais. A UE e o Brasil também são parceiros