Infância
Em pensamento, surgiu-me algo que me angustiou e que me fez pensar noutros tempos. Fez-me viajar ao tempo em que eu era criança. Tenho saudades dos tempos de infância, onde não havia preocupações. Apenas comer, dormir e brincar. Onde nada nos afetava, onde todos os problemas pareciam desaparecer à nossa volta. Que saudades desses dias, deitada na relva, apenas para ver as nuvens passar. Tudo parecia perfeito nessa altura. Agora... Agora tudo mudou. Agora vivemos na realidade deste mundo cruel e injusto, onde só existe falsidade, onde cada um tem de sobreviver por si próprio. Já alguma vez olhaste bem à tua volta? Já reparaste na luta, na concorrência que há apenas para garantir um lugar neste mundo? Pois…acho que nunca reparaste nisso. Talvez até haja um pobre mendigo na esquina da tua rua e tu nunca reparaste nele, apesar de ele se lembrar de ti. Provavelmente o pudesses fazer muito feliz apenas dando-lhe uma pequena peça de comida, um simples gesto de carinho que significa, para essas pessoas, mais do que alguma vez nós imaginamos. Bem. Pensa nisso. Pensa nas injustiças que há à tua volta, todos os dias. Pensa nas pessoas que podias fazer feliz todos os dias mas, em vez disso, preferes gozar, apenas por serem ‘diferentes’ de ti. Ainda gostava de perceber o porquê de tantas pessoas acharem um gay/lésbica como um ser repugnante, um tipo de ‘monstro/aberração’. Acho que cada um é como é, não o que querem que seja. Não é por serem assim, que terão de ser descriminados.
Por vezes o exterior não é tudo, pois o que realmente conta, vem do interior.
Estruturas da Narrativa
Fato (o quê?): sobre a infância;
Tempo (Quando): ocorreu-me na idade adulta (em pensamentos);
Lugar (Onde?): deitada na relva;
Personagens (Com quem?): O “eu” e as pessoas em geral;
Causa (Por quê?): Problemas da vida;
Modo (Como?): Apenas num pensamento;
Consequências: não poder ter esses tempos de