Projeto
Título: Retroalimentação da esquistossomose para crianças da 2ª à 4ª série do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Padre Vieira no Povoado de Água Preta, Município de Gandu-Ba.
Introdução
A esquistossomose ou bilharzíase é a doença crónica causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do género Schistosoma. Com o desenvolvimento da agricultura, ela passou de doença rara a problema sério constituindo um problema de saúde pública que afeta grande parte da população, principalmente da Região Nordeste.
Como todos os platelmintes o tubo digestivo do Schistosoma é incompleto e tem sistemas de órgãos muito rudimentares. É um parasita intravascular e permanece sempre no lúmen dos vasos quando infecta o homem. Ao longo do seu ciclo de vida, assume as seguintes formas:
A forma adulta é a principal e existem dois sexos, ambos fusiformes. O macho é espalmado e mais grosso e têm uma calha longitudinal (canal ginecóforo) no corpo, onde se encaixa e se aloja permanentemente a fêmea, cilindrica e mais fina mas um pouco mais longa. O macho tem cerca de 1 cm e a fêmea 1,5 cm.
Os ovos são redondos ou elípticos com cerca de 60 micrómetros e têm um espinho afiado (terminal no S.hematobium, lateral no S.mansoni), que lesa os tecidos do hospedeiro quando são expelidos. Os miracídios imaturos no seu interior secretam enzimas que ajudam a dissolver a parede dos vasos.
Os miracídios são formas unicelulares ciliadas que nascem dos ovos expelidos nas fezes ou urina humana, que vivem nos lagos ou rios em forma livre e são infecciosas para o caracol.
Os esporocistos são as formas unicelulares no caracol, que se dividem assexualmente.
As cercárias, com meio milímetro, são as formas larvares multicelulares com caudas bífidas que abandonam o caracol e penetram a pele dos seres humanos. Elas produzem várias enzimas e têm movimentos bruscos que lhes permitem furar a pele intacta em apenas alguns minutos. A cercária transforma-se após a penetração