projeto solidariedade
1 INTRODUÇÃO
A organização do cuidado foi descrita inicialmente como estudo de casos a partir de 1929, após 1945 deram lugar aos planos de cuidados, primeiras expressões do processo de enfermagem. Os planos eram relatórios de enfermagem e foram abandonados em 1960, pois visavam somente a melhor comunicação entre a equipe de enfermagem. O termo processo foi mencionado pela 1ª vez em 1955 por Lydia Hall. Em 1961 o processo é descrito como uma proposta para melhorar a qualidade do cuidado. Em 1967, houve a descrição, pela 1ª vez, de um processo de 4 fases: Histórico, planejamento, implementação e avaliação, por Helen Yura.
A preocupação com a questão teórica nasce com Florence Nightingale, que afirmava que a enfermagem requeria conhecimentos distintos dos da medicina. Ela definiu as premissas em que a profissão deveria se basear estabelecendo um conhecimento de enfermagem direcionado à pessoa às condições nas quais ela vivia e em como o ambiente poderia atuar, positivamente ou não, sobre a saúde das pessoas (Nightingale, 1989).
Florence Nightingale idealizou uma profissão embasada em reflexões e questionamentos, baseando-a em conhecimento científico. Apesar da forte influência de Florence Nightingale, a enfermagem acabou por assumir uma orientação profissional dirigida para o imediatismo, baseando-se em ações práticas, de modo intuitivo e não-sistematizado.
Alguns enfermeiros acostumaram-se a exercer a profissão sob a mesma ótica de profissionais médicos, centralizando suas ações mais na doença do que no cliente. Desse modo, ocorreu uma quase-estagnação da enfermagem centrada no modelo biomédico, que perdurou por muitas décadas.
Por conta disso, a enfermagem acostumou-se a depender de conhecimentos e de conceitos preexistentes que lhe ditassem o que fazer e como fazer, e na maioria das vezes não refletia sobre por que fazer e quando fazer. Porém, sob influência de vários fatores, tais como guerras