PROJETO PEDAGOGICO DE SAUDE
AGENTE ADMINISTRATIVO
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela.
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama?
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76)
1. O autor descreve o menino e o vigário como personagens completamente opostos: um é “triste, magro e barrigudinho”; outro, “um gordo vigário a cavalo”. A descrição provoca um efeito de superioridade do religioso em relação à criança, inclusive pela altura em que se encontram, um montado num cavalo, outro, na poeira do caminho.
Uma passagem que culmina com a NEGAÇÃO dessa superioridade pode ser observada em: a) Você aí, menino (...)
b) Engraçadinho duma figa (...)
c) Imaginando bobagem (...)
d) Eu não me chamo não, os outros é que me chamam (...)
2. O contista joga com particularidades muito pontuais dos verbos “ir” e “chamar-se”. Identifique a opção que identifica essas particularidades.
a) O verbo IR, intransitivo, gramaticalmente só admite sujeito, sem complementos, portanto “estrada” é o sujeito de “ir” e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo direto, em que “me” aparece como objeto direto.
b) O verbo IR, intransitivo, gramaticalmente só admite sujeito, sem complementos, portanto “estrada” é o sujeito de “ir” e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo indireto, em que “me” aparece como objeto direto.
c) Há um problema semântico com o verbo IR, pois o sujeito desse verbo, na fala do vigário, seria inanimado, tomado pelo menino no sentido literal, ou seja, uma estrada não