Progresso, Ciência e Tecnologia

PROGRESSO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E GUERRA

A partir da entrevista realizada com o diretor do Centro de História da Ciência, Shozo Motoyama, pela matéria ComCiência, podemos fazer uma referência histórica sobre os processos de segmentação e o paradoxo de desenvolvimento entre ciência, tecnologia e guerra.
A ciência e a tecnologia, em escala grave, vêm se apresentando como subsídio de detenção do poder e hierarquização dos sistemas de progresso. Segundo o professor Motoyama, a ciência em função da guerra vem se concretizando de maneiras iminentes aos desejos intelectuais dos cientistas. A primeira guerra mundial, por exemplo, foi o ponto de partida para os avanços cientifico- tecnológicos, ao passo que sua função era o ataque a determinadas conjunturas sócio- econômicas. O pensar científico unido à formulação de guerra trouxe à prática o que se teorizava, a ciência como tecnologia propriamente dita, foi investida monetariamente como nunca visto, dando espaço a novas formulações e testes. É, portanto, verdade, que a ciência não necessita da guerra, mas a guerra necessita da ciência em sua totalidade.
O uso excessivo das tecnologias armamentistas necessita de um controle e atenção de forma deliberativa, sobretudo no que se refere ao controle de ataque aos civis. A formulação de ética destinava os ataques (utilizando subsídios nucleares) aos militares, ao passo que, sua transformação foi procedendo de maneira descontrolada, civis passaram a ser atingidos, feridos; Podemos identificar a Segunda Guerra Mundial como exemplo, em que os radares localizavam determinadas estruturas com vistas ao extermínio de uma parte da humanidade. A tecnologia como formulação para espaços de guerrilha transforma-se em ambitos perigosos e até a segunda metade do século XX descontrolados.
A era das guerras, catástrofes com seu apoio na teoria tecnológica, traz consigo uma triste visão deturpada de progresso. A detenção das armas e bombas nucleares traz investimento econômico, segurança