Programa nuclear brasileiro
Durante a década de 1950, o Brasil deu inicio a busca por tecnologia nuclear com a criação do conselho nacional de desenvolvimento cientifica e tecnológico (CNPq) e a importação de equipamentos alemães para enriquecimento de urânio. Essa matéria-prima disponível no sobsolo brasileiro fundamental para a utilização de energia nuclear.
As pesquisas seguiram em ritmo lento até o final da década de 1960, quando os militares, que estavam no poder desde 1964, decidiram construir uma usina nuclear no país. No entanto, a iniciativa ia além da simples produção de energia. Envolvia aspectos geopolíticos, como a ampliação de tecnologias nucleares e a construção de submarinos e armas nucleares. É importante lembrar que o mundo vivia os tempos de guerra fria.
Em meados da década de 1970 tiveram inicio as obras da primeira usina nuclear brasileira que entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Porto Alegre ou São Luís.
A segunda usina nuclear brasileira começou a operar comercialmente em 2001. Com potência de 1.350 megawatts, Angra 2 é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte.
Angra 3 será a terceira usina da central nuclear de Angra dos Reis e terá potência de 1.405 megawatts. As obras foram iniciadas em 2010 e a previsão é de que a unidade entre em operação em julho de 2014.
A retomada do programa nuclear
Um conjunto de fatores de ordem mundial e nacional tem levado o Estado brasileiro a retomar o programa nuclear.
Em termos mundiais, os cientistas que estudam o aquecimento global. Entre os quais se inserem aqueles que participam do IPCC ( Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), tem sugerido aos países que aumentem o uso da energia nuclear (considerada limpa) para conter a emissão de