historico nuclear

Introdução
O urânio foi descoberto em 1789 e com essa descoberta, foi possível desenvolver várias áreas da ciência como a física e a medicina, acarrentando também em grandes avanços nos setores energéticos e bélicos entre outros. Naturalmente o Brasil tendo uma das maiores reservas de urânio do mundo (a sexta maior reserva de urânio do mundo) - o que permite um fornecimento ao longo prazo para as necessidades domésticas e eventual disponibilidade de excedente para o mercado externo- teria grande interesse em gozar dos privilégios que este trazem a um país.
Nas palavras de Carl Sagan: “Every thinking person fears nuclear war and every technological nation plans for it. Everyone knows it is madness and every country has an excuse”. A política nuclear tem sido um assunto de high politics em todo o cenário internacional. “After Hiroshima and Nagasaki nothing was ever the same again ... the use of the atomic bomb in August 1945 changed the world more dramatically than any single event before.” Chronicle of the World (1989).
Tendo como marco teórico a Teoria dos regimes, este trabalho possui um enfoque na política nuclear brasileira buscando compreender suas oscilações. O Brasil, porém, possui uma política nuclear que por vezes foi tida como contraditória. No entanto é relevante que se vejam os aspectos que levaram as formações de tais políticas visando o regime internacional e o Tratado de não proliferação ao qual o Brasil é signatário. Até que ponto vê-se ruptura ou continuidade na política nuclear brasileira, delimitada pela era militar, e como estas afetariam a posição brasileira no cenário internacional?

Hipótese ou objetivos

Descrever como a ruptura ou a continuidade que se percebe na política nuclear brasileira afeta de maneira positiva ou negativa sua repercurção na comunidade internacional.

1. Capítulo 1: A questão nuclear como assunto de High Politics
Em 1930, a questão nuclear entra na agenda política do Brasil e desde então faz parte das