Química Nuclear
Em 1895, Wilhelm G. Röntgen acidentalmente descobriu os raios X, o que levou ao estudo dessa radiação por diversos pesquisadores, dentre os quais Antoine H. Becquerel, que três anos depois descobriria a radioatividade. Essa descoberta tornou-se a pedra fundamental de sucessivas pesquisas e avanços importantes, traçando a história da Química Nuclear e de suas aplicações. Em 1900, o físico neozelandês Ernst Rutherford e o casal franco-polonês Pierre e Marie Curie identificaram as partículas α e β. Paralelamente, o francês Paul Villard descobria a radiação γ. Em 1903, Rutherford formulou o conhecido modelo atômico, hoje conhecido como "planetário", prevendo a presença de um núcleo central em todos os átomos. Segundo ele, este núcleo seria capaz de emitir partículas α e β, assim como, radiação γ quando instável, sugerindo então que alguns elementos eram naturalmente radioativos. Posteriormente, em 1934, o casal Irène Curie e Frédéric Joliot descobriu a radioatividade artificial, através do bombardeamento com partículas α de uma folha de alumínio, levando à criação do 30P, um radioisótopo inexistente na natureza. A partir dessa descoberta, as radiações e emissões nucleares, tanto naturais quanto artificiais passaram a ser estudadas com mais afinco do ponto de vista tecnológico, e mais especificamente para aplicações industriais
Entretanto, um real investimento financeiro na pesquisa nuclear somente se deu no final da década de 1930, movido por interesses bélicos: iniciava-se a II Guerra Mundial. A História então revelou que o progresso científico, quando não aplicado de forma pacífica, pode ser devastador, o que foi claramente ilustrado em 1945, com os episódios de Hiroshima e Nagasaki. Outras tragédias nucleares ocorreram desde então, não menos devastadoras, como o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 e o acidente radioativo de Goiânia, no estado de Goiás, no ano seguinte. Em detrimento da alta periculosidade da tecnologia envolvida, a