Programa nuclear brasileiro
INTRODUÇÃO A radioatividade ou radiatividade é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos chamados radioativos, são capazes de emitir radiações, as quais têm a propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz ordinária, etc. Na natureza, existem 92 elementos. Cada elemento pode ter quantidades diferentes de nêutrons. Os elementos que tem o mesmo número de prótons, mas que diferem no número de nêutrons, são denominados isótopos. Para determinadas combinações de nêutrons e prótons, o núcleo é estável (isótopos estáveis). Para outras combinações, o núcleo é instável (isótopos radioativos ou radioisótopos) e emitirá energia na forma de ondas eletromagnéticas ou de partículas, até atingir a estabilidade. Essa energia emitida pelo núcleo é chamada de radiação nuclear. Estudos realizados sobre o fenômeno da radioatividade, a partir do final do século XIX, comprovaram a existência de quatro tipos de radiações emergentes do interior dos átomos. Elas são: 1) Emissão de nêutrons, devido à fissão espontânea do núcleo em dois núcleos mais leves;
2) Radiações alfa (α). De natureza eletropositiva e identificados como feixes de núcleos de hélio, os raios alfa são altamente energéticos e emitidos pelos elementos radioativos a milhares de quilômetros por segundo. São também chamados partículas alfa. Apesar de seu elevado conteúdo energético, possuem baixa penetrabilidade e são facilmente detidos por folhas de papel, de alumínio e de outros metais;
3) Radiações beta (β). Também chamadas de partículas beta, de carga negativa (b+, elétrons) ou positiva (b- , pósitrons), as radiações beta são identificadas como partículas de alta energia expelidas pelos núcleos de átomos radioativos. Essas partículas não são constituintes do núcleo, mas surgem durante o decaimento beta, quando o núcleo emite elétrons (ou pósitrons) ou captura