Profissão
Cristiane Paião; Maria Clara Rabelo
A forma de olhar para o céu pode ser a diferença entre um cidadão comum e um astrônomo. O desejo de desvendar os mistérios do universo é o que parece motivar muitos jovens a optarem pela profissão. A curiosidade despertada ainda na infância, e que segue na adolescência, acompanha esses desbravadores numa jornada difícil e repleta de obstáculos a serem superados. Para aqueles que pretendem fazer essa escolha, ou que já iniciaram esse caminho, é necessário muito preparo, pois a graduação em astronomia não garante atuação na área: para ser considerado um "astrônomo profissional", é preciso, no mínimo, ter a titulação de doutor.
São poucos os cursos de graduação em astronomia oferecidos no Brasil. Entre eles, estão o do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) e o do Observatório do Valongo (OV) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A graduação na área dura em média quatro anos e engloba disciplinas de astronomia, física, matemática e computação. Mas, também é possível ingressar na carreira através de outros cursos superiores como física, matemática, ou até mesmo engenharia, desde que a pós-graduação esteja voltada para a formação do astrônomo.
Em relação aos cursos de pós-graduação, o número de opções é maior. Segundo avaliação realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os melhores são os oferecidos pelo I AG/USP, pelo Observatório Nacional (ON) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essas duas última instituições são vinculadas ao Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT). (veja lista da Capes).
Aqueles que já se estabeleceram na profissão são unânimes ao afirmar que as opções de atuação no mercado de trabalho para os graduados em astronomia são bastante restritas e, na maioria das vezes, eles acabam ministrando aulas de física