Professores e práticas de avaliação pedagógica no âmbito da democratização do ensino

Mestrado em “Educação e Sociedade” U.C. Escola, professores e comunidade
Docentes: Mariano Enguita e Teresa Seabra. (ano lectivo 2010/2011, 1º semestre do 2º ano)

Professores e Práticas de Avaliação Pedagógica no âmbito da Democratização do Ensino

Lisboa, 4 de Janeiro de 2011
Discente: Nídia Colaço, nº10558.

Professores e Práticas de Avaliação Pedagógica no âmbito da Democratização do Ensino

INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta uma breve reflexão acerca das práticas docentes que se referem à avaliação dos alunos ao longo do ensino básico e no sistema educativo português, não apresenta de forma alguma uma ideia definitiva, mostra apenas uma possibilidade explicativa do insucesso escolar de muitos alunos, que permanece no tempo, assim como finaliza com algumas propostas concretas de alterações. Além de muitos outros factores que possam contribuir para determinar trajectórias de sucesso ou insucesso na escolaridade básica, centrei a minha abordagem apenas na avaliação pedagógica, pois é ela que dita no final de cada ano lectivo que crianças e jovens transitam para um próximo ano escolar, sendo assim é esta prática docente que define quem é incapaz de progredir ao longo de um ciclo de estudos designado por básico e obrigatório para todos os jovens em Portugal. Será então esta uma prática pedagógica legítima?

1. Problemáticas detectadas relativas às práticas de avaliação pedagógica em 1987.
Em 1987, a publicação designada por “Do outro lado da Escola”, constatando dados estatísticos que demonstravam que no ano lectivo 1976/77, 42% dos alunos em Portugal repetiram a primeira fase do ensino primário, e que em 1983 (passados 6 anos), 43% era a média nacional de repetências na primeira fase e 30% era a média de repetências na segunda fase, interpretou-os registando que a escola primária não estava a corresponder ao objectivo de ser uma escola democrática com iguais oportunidades para todos, não tendo conseguido construir práticas