Professora
Os conventos Maria Madalena, na Irlanda, eram administrados pelas freiras da Misericórdia da Igreja Católica. Acolhiam moças enviadas pelas famílias ou por orfanatos, que ficavam aí encerradas e eram obrigadas a trabalhar para expiar os seus pecados, sendo estes das mais diversas naturezas: desde ser mãe solteira a ser demasiado bonita ou demasiado feia, demasiado simples, demasiado inteligente, vítima de estupro. Como punição para esses “pecados” as mulheres trabalhavam sem receber qualquer tipo de remuneração, passavam fome e eram vítimas de castigos físicos, humilhações, violência física e psicológica, além de serem mantidas em cárcere privado e sem os filhos. As penas que tinham de cumprir eram ilimitadas. Algumas mulheres viveram e morreram nos conventos, sendo que o último desses conventos encerrou suas atividades na Irlanda em 1996.
O filme baseia-se no ponto de vista de quatro dessas jovens que foram enviadas para um desses conventos na década de 60, uma época de libertação de costumes para as mulheres. Duas haviam sido enviadas por terem sido mães solteiras, outra por ser “demasiado bonita” e por “provocar os homens”, e a última por ter sido vítima de estupro, sendo que seu agressor era da família. O filme explora o desenvolvimento de suas personalidades num ambiente controlado e dominado pelas freiras e padres, que oprimiam qualquer expressão de revolta e abusavam de seu poder para cometer diversas formas de violência, até mesmo sexual.