Professora de história
Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
Departamento de História
Matéria: História da América III
Professor: Cecília Azevedo
Aluna: Monica Sicuro
Resenha do texto: Spini, Ana. Combates de memória: Detração e resgate dos veteranos do Vietnã. Revista Eletrônica da Anphlac, n.7, 2008, Dossiê EUA
Não é de hoje que Hollywood é um componente importante no período de guerras, não só para legitimar o conflito, como também para protestar ou denunciar atrocidades cometidas em campo de batalha. Esse uso do cinema pela indústria bélica começou com a primeira guerra e só foi se intensificando no decorrer dos conflitos. Já com a guerra do Vietnã acabou criando-se um novo gênero de filme dentro dos filmes de guerra: o gênero Vietnã.
Ana Spini, na primeira parte do seu texto, analisa dois filmes que são frutos de deste novo gênero, Platoon e Nascido para matar. Que são filmes testemunhais já que Nascido para Matar é baseado num livro lançado três anos antes do filme. E o diretor de Platoon, Oliver Stone, filmou suas próprias experiências como combatente.
Os dois filmes tentam retratar o veterano de forma diferente do drogado assassino que vinha sendo retratado em filmes anteriores. Spini também fala do distanciamento proposital que os diretores desses filmes fazem de Rambo. Não querendo mais retratar o militar como viril assassino imbatível, mas como homem e também como herói, pois ainda existem heróis numa guerra perdida.
No texto há também o interessante ponto levantado com respeito à Platoon e Rambo serem os mais importantes filmes de guerra dos anos 80, tornando-se referencia para os filmes de guerra subsequentes. São filmes ideologicamente dispares e emblemáticos com suas bilheterias espetaculares para a época. Em Platoon o espectador é convidado a se identificar com o personagem principal e rejeitar Barnes, que se torna vilão ao matar vietnamitas inocentes e refletir sobre a mensagem da guerra. O realismo do filme em