Professor
A religião era o centro da vida mesopotâmica. Todas as atividades humanas – política, militar, social, jurídica, literária, artística – estavam geralmente subordinadas a um propósito predominantemente religioso. A religião era o quadro referencial do homem da Mesopotâmia para a compreensão da natureza, da sociedade e de si mesmo, e dominava e inspirava todas as outras expressões culturais (PERRY, 2002, p. 10). A religião exerceu marcante influência da vida das sociedades da Mesopotâmia: legitimava o poder dos governantes e condicionava as realizações artísticas e cientificas. Os mitos – narrativos das atividades dos deuses – explicavam a origem das espécies humanas. Segundo os antigos mitos sumérios, os primeiros seres humanos brotaram da terra como plantas, ou foram moldados em argila pelo artesão divino e receberam um coração da deusa Nammu, ou foram formados pelo sangue de dois deuses, sacrificados com esse propósito.O homem mesopotâmico, acreditava que recebera a vida para cumprir as vontades dos deuses, onde a representatividade e o imaginário se apresentam em conformidade com a religião. Cada cidade tinha seu "deus da cidade", esse é que determinava uma boa colheita ou guerra, assim a Mesopotâmia se representava com a espiritualidade. Dentro dessa perspectiva, o deus da cidade necessitava de um templo, com vasto palácio e determinará com a economia se comportava, a partir dessa maneira o governante era tido como deus e dele as obediências eram comuns e determinantes para a complexidade religiosa. Os mesopotâmios acreditavam que os deuses controlavam o Universo e tudo que nele havia. A lua, o sol e as tempestades; a cidade, as obras de irrigação, os campos – tinham, cada um, o seu deus. O misticismo era uma complexa rede de deuses, onde para cada elemento da natureza existia um deus, sendo classificado de bom ou ruim, e nesse contexto, a proteção era em forma de amuletos e outros adereços dependentes