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Segundo o historiador Mikhail Rostvotzeff, entre 800 e 600 a.C. surgiram duas cidades Estados na Grécia antiga que mudariam o rumo do mundo helênico para sempre. Seriam elas: Esparta e Atenas.
Ambas as poleis em seus anos de ouro levaram o mundo helênico ao seu apogeu em termos econômicos, sociais, militares e políticos. Contudo, o confronto militar entre elas acarretou no declínio do mundo helênico e, por consequência, a sua desarticulação.
Nesse cenário, dois eventos podem ser elencados como diretamente responsáveis por essas transformações políticas e econômicas ocorridas no mundo helênico, sendo eles as guerras médicas e a guerra do Peloponeso.
A luta entre helênicos e persas foi um desses episódios decisivos da História da humanidade ocidental. Mais que o confronto entre forças armadas, chocaram-se duas culturas opostos: de um lado, um império “absoluto”, heterogêneo, obedecendo como um autômato a um senhor; do outro, pequenas cidades orgulhosas de sua independência, unidas por uma língua e por inúmeras tradições comuns, consciente do papel que desempenhavam na luta feroz contra o invasor da pátria. E importante entender o conflito entre gregos e persas, pois e no final desse combate que a cidade Estado de Atenas vai demostrar gradativamente o seu poder e influência sobre o território da Grécia continental, ilhas no mar Egeu, e cidades gregas na Ásia menor. A vitória sobre o Rei Xerxes possibilita um aumento bélico e econômico enorme de Atenas, um poderio que outra cidade helênica jamais possuiu.
Dois acontecimentos pós guerras medicas caracterizam a caminhada de Atenas rumo ao imperialismo sobre a maior parte da Hélade: a reconstrução da cidade, “financiada” pelo tesouro da liga de Delos e a criação de seu império marítimo. O diálogo entre a democracia, forma de governo escolhido por Atenas depois da queda do tirano Pisístrato, e o império marítimo e de suma importância para entender como Atenas se tornou essa potência gigante, a maior cidade