PROENÇA FILHO, Domício. A Linguagem Literária.
p. 5 A seleção feita e a sucessão estabelecida conferem à frase uma significação que pode ser submetida à prova da verdade em relação à realidade imediata. Dependendo de quais peças do nosso vocabulário nós escolhemos utilizar e em que ordem isso for feito acabamos por dar um significado a nossa comunicação. Essa pode ser verdadeira ou falsa, mas o importante não é isso e sim a maneira que decidimos colocar isso.
p. 6 A flor dessa rua deixa de ser um elemento vegetal para alçar-se à condição de símbolo, ganha lima significação que vai além do real concreto e que passa a existir em função do conjunto em que a palavra se encontra. A palavra, dependendo do seu contexto, pode deixar de ser apenas algo somente denotativo e passa a ter o sentido, muitas vezes chamado de figurado. O uso da palavra imagem também é algo comum (principalmente na literatura) para dizer que algo não tem o mesmo significado que nós podemos pensar que tem.
p. 7 A significação das palavras, nesse caso, tem por base o jogo de relações configuradoras de idioma que falamos. No caso do figurativismo o sentido fica por conta, muitas vezes, do contexto, ou da vivência de cada pessoa que lê o texto.
p. 9 Há os que entendem que a obra literária envolve uma representação e uma visão do mundo, além de uma tomada de posição diante dele. Entender que a mimese é uma imitação do real faz as pessoas pensarem em si mesmas e em que o texto literário mais tem relação consigo.
p. 30 Em outros termos, a conotação se centraliza na parte do sentido das palavras ligadas às funções emotiva e conativa. A conotação se apresenta de maneira diferente da denotação, pois não mostra o significado de algo, mas sim o plurissignificado do é apretado no texto.
p. 31 Se considerarmos, em termos de estrutura, que, em todo sistema de significação, esta resulta de relação entre um plano de expressão e um plano de conteúdo, o plano de expressão é