Eleática
Os primeiros filósofos pré-socráticos de Eléia – hoje Castellmare, pequena cidade italiana, próxima de Nápoles – foram Xenófanes de Colófon (570 – 475 a.C.), o primeiro, que originou a escola de Eléia, Parmênides, Zenão e Melisso de Samos.
Existiam duas escolas: eleática e pitagórica. Ambas fundadas por homens migrantes da jônia (Xenófanes de Colófon e Pitágoras de Samos, respectivamente). Entre os motivos da migração, se destaca o domínio do Império Medo-Persa na Ásia menor.
Ambas eram extremamente racionalistas, diferente da escola Jônica. Porém, enquanto a Eleática se dedicava mais à metafísica e filosofia do ser, a pitagórica priorizava a matemática.
Os Eleatas procuravam uma verdade imutável que só podia ser alcançada por reflexões filosóficas. Ignoravam os nossos sentidos, pois estes poderiam atribuir percepções irreais. Utilizavam argumentos objetivos que partiam de premissas.
Zenão
Zenão de Eleia nasceu por volta do ano de 489 a.c. era discípulo de Parmênides e defensor árduo de seu pensamento.
Zenão inventou os paradoxos (para = contra; doxa = opinião), que permitiam a ele refutar as teses apresentadas como meras opiniões, vias do não ser, características das confusões causadas pela percepção humana. Assim, remetia toda definição a uma exigência de não contradição, o que mais tarde seria desenvolvido, junto com o princípio de identidade de Parmênides, na lógica de Aristóteles.
Um dos exemplos clássicos dos paradoxos de Zenão é o da corrida entre Aquiles (o herói mais veloz da mitologia grega) e a tartaruga. Segundo Zenão, numa disputa entre os dois, se fosse dada uma pequena vantagem à tartaruga, Aquiles jamais a alcançaria. Isso porque se o espaço é divisível ao infinito, Aquiles sempre deveria passar por um ponto dividido entre o infinito e o ponto de partida, ou seja, o espaço será sempre dividido pela metade, impossibilitando o movimento. Isso significa que em tempo finito, jamais alguém poderá