Resenha

PROENÇA FILHO, Domício. A linguagem literária. – 5. ed. – São Paulo: Ática,
1995.
A obra A Linguagem Literária, de Domício Proença Filho, é dividida em 7 capítulos nos quais abordam a literatura e sua complexidade. Ao longo do livro o autor tenta explicar ao leitor toda a complexidade e multissignificação da literatura e o seu uso na vida cotidiana, e encerra com um vocabulário crítico e uma bibliografia comentada.
O primeiro capítulo traz um dos muitos conceitos da literatura, na tentativa de esclarecer a sua função na sociedade e, também diferenciá-la do que não é literário. Neste capítulo o autor usa de vários exemplos para tentar demonstrar a manifestação da literatura no dia a dia em sociedade, um dos exemplos é um fragmento do poema “A flor e a náusea”, de Carlos Drummond de Andrade.
No segundo capítulo Literatura e Linguagem, em um breve poema de
Manoel Bandeira é colocado para introduzir o conceito de conotação, vista como chave da plurissignificação do texto literário. O autor Domício explica através de um poema que o entendimento de um texto ocorre em função do ambiente linguístico. O poema Irene no Céu, estimula elementos de nossa emoção reunidos com a formação cristã, remete também uma realidade social brasileira. Os versos se fazem de emoção subjetiva, dramática, não podendo esquecer a questão da representatividade de manifestação literária. Entretanto elas nos permitem algumas deduções e conclusões a respeito da linguagem empregada no texto, deixando assim que o leitor ou ouvinte faça sua própria interpretação.
O quarto capítulo intitulado como Arte literária, língua e cultura trata a arte literária a partir do conceito de mimese. O autor evidencia o motivo dos textos literários terem várias interpretações, pois trabalha com diferentes visões de mundo e várias ideologias.
Explica também o fato de ser conotativa a linguagem literária, trazendo o surgimento de metáforas. E faz uma diferenciação com a linguagem denotativa.